A Revolução das Escravizadas
Formigas

A Revolução das Escravizadas


A Revolução


As escravizadoras: Protomognathus americanus (pretas, a maior é a rainha); e as escravizadas: Temnothorax longispinosus (menores e marrons).
Formigas, assim como os humanos, são capazes de escravizar. Algumas espécies fazem da captura e trabalho forçado um estilo de vida. Dotadas de mandíbulas fortes e especialistas em atacar outras, as operárias quase não cuidam da prole. Para conseguir mão-de-obra, a rainha da formiga Protomognathus americanus expulsa ou mata a rainha de outras espécies, e toma o formigueiro. Trata-se de um caso de parasitismo social. Muito comum em Brasília.

Para repor as escravas mortas, suas operárias invadem colônias de outras espécies, com a mesma estratégia de matar e conquistar. Elas levam os ovos e as pupas em desenvolvimento, e depois que as formigas dominadas nascem, passam a trabalhar para as escravizadoras. Na foto acima, as formiguinhas menores são Temnothorax escravizadas.

Uma colônia de Protomognathus ataca de 2 a 10 vizinhas por ano, causando um estrago considerável. As formigas escravas não podem voltar para o formigueiro de origem por dois motivos: elas não sabem de onde vieram, uma vez que são levadas antes de nascer, e mesmo se soubessem voltar, elas adquirem o cheiro do novo lar e não são mais reconhecidas pelas antigas companheiras. O cheiro é a linguagem mais falada pelas formigas.

O que as espécies atacadas podem fazer para se defender? A principal estratégia é resistir ao ataque das parasitas escravizadoras, o que é bem difícil, já que as atacantes são especialmente adaptadas a esse estilo de vida.

E por que as escravas simplesmete não se recusam a trabalhar? Se elas fizerem isso, as Protomognathus terão que atacar mais formigueiros para conseguir a mão-de-obra que precisam, e o estrago que causarão nas vítimas será muito maior. Uma vez capturadas, estão num beco sem saída.

Ou pelo menos era o que se imaginava...




Viva la Revolución!



Voltar para o antigo formigueiro não é mais uma opção. Trabalhar menos significa causar um prejuízo maior para a ex-colônia das escravas. Então o que fazer?


Negligência e Revolução!

Quando a espécie Temnothorax longispinosus é escravizada, suas operárias matam ou abandonam 2/3 das pupas fêmeas da parasita. - O ataque exclusivo às fêmeas tem um bom motivo. Nas formigas, o macho tem apenas o papel de reprodutor, ele possui asas e voa junto com a rainha para fecundá-la. A classe trabalha de fato no formigueiro, as operárias, é formada apenas por fêmeas. Com isso, quando as Temnothorax escravas atacam, matam somente as operárias de P. americanus que atacam outras colônias.





Elas preservam as pupas da sua própria espécie, que foram roubadas recentemente. Como todas as pupas têm o mesmo cheiro, o fator de distinção para que as escravas saibam quem atacar parece ser o tamanho. Como evidência disso, os machos da P. americaus são deixados de lado, uma vez que são menores e se parecem com as pupas de Temnothorax, e a taxa de sobrevivência deles é parecida com a de formigueiros não parasitados. As fêmeas escravistas, que são maiores, são identificadas como operárias da espécie parasita e são atacadas ou descartadas para fora da colônia em 66% dos casos. Entre as pupas de rainhas, que são muito maiores do que as outras, a mortalidade é ainda maior, 83,2%.

A morte das fêmeas da escravizadora ajudam a explicar o crescimento vagaroso do formigueiro, e mostram que nesta disputa, o hospedeiro encontrou o ponto fraco de seu parasita. Pelo menos por enquanto, já que correr mais neste jogo evolutivo não é garantia de se sair do lugar.

http://scienceblogs.com.br/rainha/2009/03/viva_la_revolucion.php#more



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